O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta segunda-feira (08/05) investimentos de cerca de R$ 45 bilhões da iniciativa privada para o setor de gás natural no Brasil. O valor é resultado de uma importante articulação do Ministério de Minas e Energia (MME) com a Equinor, Repsol e Petrobrás, no contexto do Programa Gás Para Empregar. Trata-se da decisão final de investimentos para o desenvolvimento do bloco exploratório BMC 33, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.
Segundo Alexandre Silveira, o valor será destinado à criação da plataforma de exploração mais moderna do mundo. “Estamos falando de uma plataforma extremamente moderna, em um poço importante do ponto de vista do gás, que conseguirá trazer para a costa brasileira 14 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Uma iniciativa que vai ajudar ao Brasil ser autossustentável do ponto de vista energético, além de emitir menos carbono no mundo e aumentar a nossa capacidade produtiva”, destacou o ministro.
Os investimentos também devem promover benefícios à população brasileira. Afinal, uma das prioridades da articulação foi a geração de emprego e renda. “É parte do processo que essas empresas contratem parte dos equipamentos e profissionais no Brasil, sem perder competitividade, respeitando a governança, a segurança jurídica e financeira. Afinal, esse é o grande propósito do nosso governo, sob o comando do presidente Lula: priorizar a geração de emprego e renda por meio das potencialidades nacionais”, completou.
A previsão é que a iniciativa também aumente o protagonismo brasileiro na transição energética, a partir do início da produção, previsto ocorrer em 2028. Estima-se que a capacidade do FPSO é de aproximadamente 126 mil barris por dia e a de produção e exportação de gás, de 16 milhões de m3 /dia.
A quantidade representa cerca de 15% da demanda brasileira de gás na partida. A expectativa é de uma recuperação de reservas de óleo e gás acima de 1 bilhão de barris de óleo equivalente (boe). Do total da participação da concessão, 35% é da Equinor, operadora do Bloco, outros 35%, da Repsol Sinopec Brasil e 30%, da Petrobras.