O Plano de Trabalho Trienal 2023-2025 do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) foi lançado nesta quinta-feira (24/08), pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Uma das ações prioritárias do plano é aumentar em quase sete vezes os investimentos anuais em pesquisa, desenvolvimento e inovação em hidrogênio de baixa emissão de carbono. Como resultado das ações propostas no plano, eles passarão de R$29 milhões em 2020 para R$200 milhões ao ano em 2025.
“É fundamental a atração de novos investimentos para fortalecer a ampliação do financiamento em hidrogênio e o desenvolvimento desse mercado tão importante para a transição energética. O MME, como coordenador do PNH2, está trabalhando também na definição do marco legal-regulatório nacional para o hidrogênio com os demais ministérios participantes do Programa, para apresentar ao Congresso Nacional”, destaca o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
A publicação contempla um total de 65 ações para os próximos três anos relacionadas ao hidrogênio. Dessas, 32 já estão em execução. Além de aumentar em quase sete vezes os investimentos anuais no hidrogênio de baixa emissão de carbono e definir um marco legal-regulatório nacional para o tema, o plano também visa ampliar o acesso a financiamento competitivo com os bancos de desenvolvimento para viabilizar projetos em larga escala.
Estratégia de hidrogênio para o Brasil
O Plano de Trabalho Trienal 2023-2025 do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) define a estratégia de hidrogênio para o país, com três marcos temporais. “Em 2025, estamos propondo a disseminação de plantas piloto de hidrogênio de baixa emissão de carbono em todas as regiões do país. Em 2030, a consolidação do Brasil como o mais competitivo produtor da commodity no mundo e, em 2035, a consolidação de hubs de hidrogênio de baixa emissão de carbono no Brasil”, detalha o secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral.
Segundo o secretário, o Brasil possui potencial técnico para produzir 1,8 gigatonelada de hidrogênio por ano. As projeções atuais também colocam o Brasil como o país com menor custo de produção.
Com o plano, o MME espera um engajamento maior do setor privado no apoio das ações e uma articulação crescente do governo na viabilização dessa estratégia. “Precisamos avançar no mapeamento junto à indústria e outros segmentos, como o transporte. Esse documento representa um marco no compromisso do governo com a implementação das ações que vão trazer condições de desenvolver o setor”, ressalta Thiago Barral.
O PNH2
O Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) é mais uma das peças do MME para compor um portfólio de ações, programas e iniciativas de uma Política Nacional de Transição Energética. A construção do Plano de Trabalho do PNH2 teve a contribuição de mais de 40 instituições governamentais e mais de 650 contribuições registradas por meio da Consulta Pública nº 147/2022. Além disso, mais de 20 instituições do setor privado acompanharam as reuniões das câmaras temáticas.